Nome ϟ●• O Mundo de Vidro
Autor ϟ●• Maurício Gomyde
Páginas ϟ●• 235
Editora ϟ●• Porto 71
Nota ϟ●• 10

Sinopse

Até onde pode ir a paixão de uma pessoa por outra? Como, quando e por que começa? Até que ponto pode-se cometer alguma loucura para fazer parte da vida de alguém? Quais as consequências da paixão avassaladora incompreendida? Nesse seu primeiro e hilariante romance, Maurício Gomyde retrata o cotidiano de um cidadão normal como tantos que se vê por aí em qualquer canto, tentando responder estas aparentemente simples perguntas. Passeando com extrema facilidade tanto pela linguagem refinada e sutil quanto pela tosca, Maurício Gomyde nos brinda com um livro de leitura fácil e extremamente agradável.

ϟ●•

O mundo de vidro tem um gostinho brasileiro. Li como se estivesse ouvindo Eduardo & Mônica ou assistindo a um jogo da Seleção Brasileira. Ou seja: é um livro delicioso!

Quando ele a viu pela primeira vez no metrô, a achou linda. Aquele sorriso sempre no rosto, sempre lendo um livro. Tinha cara de inteligente! Depois daquele dia, todo dia ele passou a pegar o metrô no mesmo horário que ela. Só para observá-la, de longe mesmo.
Ela, que era uma moça feliz, centrada e educada, levava a vida, na mesma rotina, todos os dias. Estava feliz com o noivo Stevens, com seu trabalho e suas aulas. Nada a atrapalharia.
E quando ele decidiu sentar-se ao lado dela, para que pudesse ter uma chance, tudo que conseguiu foi com que ela ficasse com medo dele, o achando um louco. Ele não teve outra opção senão continuar a observando de longe.
Mas -como um bom louco, maníaco, deve agir- ele decidiu que precisava seguir ela e ver o que ela fazia da vida. E a avistou entrando em uma sala com o letreiro "Economic Business". Do que se tratava aquele curso, ele não sabia. A única coisa em que pensou foi em pagar a taxa de inscrição. Agora ele estaria mais próximo de sua deusa.
Qual não foi sua surpresa em descobrir que ela era a professora?! Ops, ele estava ferrado. Se ela o reconhecesse do metrô, chamaria a polícia imediatamente.  Graças a Deus que ela apenas lembrou tê-lo visto em algum lugar, mas não sabia onde. 
E ele -como um bom louco, maníaco deve agir-, disse que precisava de aulas particulares (não que não precisasse mesmo. Não entendia nem uma palavra do que ela dizia. Mas quando pediu pelas aulas, já estava a imaginando nua e caindo em seus braços). E foi a partir daí que os dois começaram a ser amigos.
Mas não pense você que ele -como um bom louco, maníaco- vai deixar as coisas darem certo assim, fácil! Nã nã ni na não! Nem ela -como uma boa moça, educada e centrada- deixará as coisas acontecerem fácil, de uma hora para a outra.
E quando ela começa a receber capítulos de um livro em seu e-mail, passa a ficar desesperada pelo próximo capítulo, para saber quem era o autor anônimo. Quem seria aquela pessoa tão apaixonada, tão romântica, tão sentimental? Ela precisava saber!
Será que ele vai conseguir ficar com ela, a mulher de sua vida? E ela, será que vai descobrir quem é o apaixonante autor? Será possível que a vida de duas pessoas tão diferentes, mas tão iguais, se cruze assim?

Ah, eu me apaixonei pelo livro desde o Prólogo! O Maurício me tirou boas risadas com aquele prólogo que só enrola e repete a mesma coisa só que com palavras diferentes (e ininteligíveis). Afinal, pra que serve um prólogo?! Naquele momento eu já me senti amiga do autor e já estava acostumada com a história antes mesmo da primeira frase. Estou falando sério, acho que foi o melhor prólogo que eu já li.
A história começa do fim. Começa com um singelo "Último capítulo", que dá pra perceber que é uma carta ou um e-mail, porque a fonte da letra é diferente do resto do livro. E isso foi uma jogada incrível do Maurício! Porque depois que li aquilo, eu já sabia praticamente tudo que ia acontecer (não que seja difícil saber o final de um romance). Mas, ao contrário do que parece, isso não é ruim! De forma alguma isso é ruim! Por mais que eu já tivesse lido o final da história, conforme as coisas iam acontecendo no livro eu pensava que aquele final estava errado, que realmente não era aquilo. Ai, não estou conseguindo me explicar. É como aquele vício de ler a última página do livro, sabe? Você vê o final, mas conforme vai se aventurando na história, torce da mesma forma para que tudo dê certo, deixa-se enganar pela persuasão do autor. É isso! Achei fantástico!
E os personagens que o autor criou...ah, são ótimos, apaixonantes! Não tem como não gostar d'ele ou d'ela. Não tem como não rir com a Sandra, a melhor amiga d'ela. Nem como não rir do Sullivan, um homossexual que uma vez atendeu ele numa loja de grife. O Sullivan troca o "r" pelo "g". Ele mal aparece, se não me engano aparece apenas duas vezes, mas é divertidíssimo! Adoguei!
Falando em personagens, é curioso que o autor não use nomes para se referir aos dois personagens principais. Achei isso muito interessante. De primeiro momento, quando li em uma resenha que o Maurício escrevia "ele" e "ela", abominei a ideia. Onde já seu viu um livro no qual os personagens não tem nome? Mas durante a leitura, isso foi mais uma coisa incrível. Não foi preciso nomes para que os personagens se tornassem reais e apaixonantes.
O livro é tão bom, eu gostei tanto, que nem os palavrões que muitas vezes apareceram, me incomodaram. O Maurício soube usá-los. Porque não ficou uma coisa vulgar. Claro que eu ainda abomino palavrões (odeio quando um livro, filme ou seja lá o que for, usa palavrões ou vulgaridades só por achar que vai ficar "cool"), mas me pareceu que o autor não os usou para deixar o livro cool, foi uma coisa quase que natural, então não me assustaram tanto.
O mundo de vidro me conquistou nas primeiras páginas e se tornou um de meus favoritos. Se você tiver a oportunidade LEIA! Sério mesmo, super recomendo! Fico muito feliz que seja um livro nacional, e honradíssima que o meu exemplar esteja autografado (morram de inveja, cof cof).  

Escrever era, no seu humilde entender, uma maneira muito mais fácil de dizer coisas às vezes tão absurdas que pronunciá-las seria um exercício de execução impossível. Além disso, poderia utilizar o direito de apagar, reescrever, pensar com calma, ou, ao final, resolver nem mandar. Apenas esquecer. (página 12)


16 comentários:

  1. Parabéns pela resenha Letícia! Já li O Mundo de Vidro e amei! Beijos!

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  2. Oi Letícia! Já deu vontade de ler, só pela nota que você deu 10 !

    Bjs

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  3. Adorei a resenha, gostei bastante do livro do Maurício, não amei, mas gostei bastante! *---*
    Beijos,K.
    Girl Spoiled

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  4. Não tinha lido uma resenha desse livro, mas já o queria. Eu tenho que dizer, que o jeito como você a escreveu, só me deu mais vontade de lê-lo. Preciso de um livro brasileiro mesmo. Para que eu possa imaginar as coisas acontecendo aqui, o que é bem diferente do que estou acostumada. Amei. Faz tempo que não vejo um livro começando do fim, para nos prender para saber como chega ao fim.

    Já estou seguindo aqui. Beijos.

    Tudo Tem
    Refrão

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  5. Ei Ágata!

    Fico feliz que a resenha tenha te deixado com vontade de lê-lo, é um livro muito bom mesmo!
    Obrigada por seguir (:

    Bjoos'
    Lets

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  6. É muito bom mesmo né? Eu curti \o/

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  7. Deu muita vontade de ler o livro lendo sua resenha. Você realmente gostou! Só li um livro do Maurício e adorei. 

    Quanto ao 'ele' e 'ela' do livro, não gostava tanto antes quando vi outras resenhas, mas sua explicação que eles não são necessários me cativou. Sério.

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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  8. Oi! Primeira visita aqui. E gostei muito. Bela resenha hei...
    Quero muito ler este livr.
    Faça uma visita no meu blog, ficarei muito feliz.
    http://pollymomentos.blogspot.com/

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  9. Oi Letícia, 

    Como já disse, estou louquíssima para ler esse livro. HAHA.

    Bom, eu não sei se aquele livro do Chris Colfer vai ser publicado aqui no Brasil, mas espero que sim, quero muito lê-lo, talvez eu compre em inglês mesmo.

    Muito obrigada por ter passado lá e seguido também, é muito bom ter contato com outras blogueiras. *-*

    beijos. Tudo Tem
    Refrão

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  10. Oi, ah, eu amei a sua resenha, você passou o quanto você gostou do livro em palavras de um jeito tão legal que agora estou muito curiosa para ler esse livro, parece ser excelente. E adorei a comparação que você fez da leitura como se estivesse ouvindo Eduardo e Monica ou assistindo a seleção, já fiquei louca pelo livro desde ai kk.
    Bjs

    http://palavrasdeumlivro.blogspot.com/ 

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  11. Hey (:
    Ain, esse livro parece ser tão fofinho e tudo de bom de ler mesmo. Espero poder ler logo. Ótima resenha.

    Beijos, Vanessa.This Adorable Thing

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  12. Ah, é uma pena que eu não leia inglês fluentemente :/ kkkkk Mas se você comprar, me diz se o inglês é muito difícil \o
    Magina, eu adorei seu blog *o*

    Bjoos'
    Lets

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  13. Ei Lu!

    Ah, eu gostei demais mesmo! Agora quero ler Ainda não te disse nada *o*
    Fico feliz que você tenha gostado da resenha!

    Bjoos'
    Lets

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  14. Pude ler Ainda não te disse nada e amei. Tenho certeza que esse livro também é muitoo bom. Ele entrou psra lista dos meus autores preferidos.Estou te seguindo...se puder retribuir ficarei feliz.
    Beijos!http://palomaviricio.blogspot.com/

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  15. territoriodascompradorasdelivr22 de março de 2012 às 21:01

    Oii, primeira visitinha por aqui o/


    Adorei muito o seu blog! Muito
    fofo...


    Estarei comentando seus post!


    E aguardando mais post lindos como
    este.
    Linda a resenha.


    Seguindo, me segue também!


    Território das
    garotas         


    @territoriodg


    Bjss *-*           


    http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/

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  16. Ah, muitíssimo obrigada pelo comentário e pelo carinho! Fico feliz que você tenha gostado *-*
    Já estou seguindo você também, volte sempre aqui \o/

    Bjoos'

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Obrigada pela visita *-*

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18 anos, estudante do 1°semestre de Publicidade e Propaganda. Acredita em Deus mais que em qualquer outra coisa. Apaixonada por sua família, filmes e pelos livros, claro. Viciada em seriados (The Vampire Diaries, Arrow, Grey's Anatomy, Two and a Half Men, entre muitos outros), poderia passar o dia assistindo-os. Fazer as pessoas sorrirem, é algo do qual não abro mão :)
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